Na última terça-feira (8/4), o debate do Sindicato dos Bancários de
São Paulo, Osasco e Região, como parte do aniversário de 90 anos da
entidade, concluiu que a mobilização popular é fundamental para a
aprovação de um novo Marco Regulatório das comunicações no Brasil.
Participaram do evento o diretor da Rede Brasil Atual, Paulo
Salvador, o jornalista Luiz Carlos Azenha, do blog Viomundo, o professor
Laurindo Leal Filho, da USP, e a presidente do sindicato, Juvandia
Moreira, segundo informou a Rede.
“Queremos o marco regulatório e essa é uma construção de todos os
dias. Não é abstrata, se dá no concreto. O cidadão tem de estar no
movimento, abraçar, divulgar”, disse Salvador, que lembrou da proposta
de um projeto de lei, a ser apresentada pelo Fórum Nacional de
Democratização das Comunicações (FNDC) no dia 19 e colocado na internet
para coleta de assinaturas.
Juvandia destacou que “não tem como falar em democracia sem discutir
comunicação” e lembrou que o direito de resposta permanece sem
regulamentação desde o fim da Lei da Imprensa, em 2009. “Precisamos
urgentemente de uma lei que garanta que o cidadão reclame quando se
sentir lesado por algum veículo de comunicação”, ressaltou.
"Nosso código de telecomunicações é de 1962, quando a televisão era
preto e branco. Hoje temos internet e o código é o mesmo. No Brasil só
quem tem liberdade de comunicação são os donos dos veículos. Precisamos
mudar isso com urgência”, ressaltou Leal Filho, que disse não ser
pessimista quanto o avanço dessa discussão. "Antes ela estava restrita,
mas hoje estamos discutindo isso aqui nos bancários", pontuou.
Para Azenha, a falta regulamentação das mídias no país faz parte dos
interesses dos donos de grandes veículos. "Quando se fala em
regulamentar, a grande mídia logo reage como se estivéssemos falando de
censura, quando na verdade queremos mais mídias, que mais gente fale,
que mais vozes tenham espaço nos meios de comunicação", defendeu.
Na mesma linha do jornalista, Leal reafirmou que "os controladores da
mídia tratam de censura qualquer tipo de regulação". "Isso já é
realidade há muito tempo em países como Suécia, Estados Unidos,
Grã-Bretanha. Alguns têm órgãos legisladores desde 1930", exemplificou.
Para ele, nesse aspecto, o Brasil está ficando para trás na América
Latina. Ele citou a Lei de Meios da Argentina e o avanço na discussão em
países como Venezuela, Equador, Uruguai e Bolívia.
do Portal IMPRENSA
E o governo?
ResponderExcluirMeu caro AF Sturt Silva, e o governo? A periferia é sábia... Se correr o bicho pega se ficar o bicho come. Está tudo dominado.
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