14 de julho de 2019

MEC convoca reitores para anunciar privatização das universidades públicas


Os reitores de universidades federais foram convocados pelo Ministério da Educação para uma reunião institucional que será realizada na próxima quarta-feira 17, às 10, no MEC, e para a apresentação de um programa sobre o ensino superior no dia seguinte, quinta-feira 18, às 9h no auditório do INEP.

Segundo informações passadas pelo secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, ao jornal Valor Econômico, o novo programa se chamará Future-se e tem como um dos objetivos promover a autonomia financeira das instituições. Em outras palavras, permitir que atuem como empresas.

Outras informações divulgadas em um evento privado na noite de sexta-feira 12 dão conta de que o plano prevê ainda que as universidades públicas deixarão de ser administradas sob o regime jurídico de direito público, deixando de ser autarquias e fazendo com que seja implementada uma política de cobrança de mensalidade para cursos gratuitos.

O programa terá como objetivo o "fortalecimento da autonomia financeira das universidades e dos institutos federais", disse na última quarta-feira o secretário, durante participação na Conferência Internacional sobre Financiamento Vinculado à Renda. Um dos eixos do programa, disse ainda, será a "internacionalização" do ensino superior.

O tema central do evento é um programa implantado pelo governo australiano no fim dos anos 80, quando o modelo de ensino superior do país deixou de ser totalmente gratuito para se tornar híbrido, com o estudante arcando por parte dos custos de sua formação ao longo da vida, apontou a reportagem do Valor.

No início da semana, uma análise de conjuntura publicada pela consultoria TAG Report, das jornalistas Helena Chagas e Lydia Medeiros, informa que “para reduzir de forma permanente e profunda o orçamento federal para essas instituições, a intenção do governo é flexibilizar o modelo atual de gestão e permitir que elas atuem como empresas. Significa poder demitir e captar recursos prestando serviços e firmando contratos com empresas privadas que hoje podem ser proibidos”.

O relatório elaborado pelas jornalistas consultou técnicos que já analisaram as linhas gerais da reforma pretendida. Eles afirmam que a etapa seguinte seria congelar os orçamentos em patamares baixos e deixar de financiar qualquer projeto que ultrapasse esses limites, inclusive pesquisas e contratações.  - 247

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Deltan montou plano para ficar rico às custas da prisão de Lula


Novos diálogos da Vaza Jato revelam que o procurador Deltan Dallagnol discutiu com a esposa e com colegas a criação da uma empresa de palestras, em que não apareceria formalmente como sócio, que lucraria com o prestígio da Lava Jato, que prendeu o ex-presidente Lula sem provas, desempregou milhões de brasileiros e quebrou o setor de engenharia

247 – O procurador Deltan Dallagnol planejou ficar milionário às custas do prestígio da Operação Lava Jato, que prendeu o ex-presidente Lula sem provas, fraudou a democracia brasileira, permtiiu a ascensão de um governo de natureza neofascista, quebrou o setor de engenharia e desempregou milhões de brasileiros. É o que revela o novo capítulo da Vaza Jato, numa parceria entre Intercept e Folha de S. Paulo.

"Em um chat sobre o tema criado no fim de 2018, Deltan e um colega da Lava Jato discutiram a constituição de uma empresa na qual eles não apareceriam formalmente como sócios, para evitar questionamentos legais e críticas. A justificativa da iniciativa foi apresentada por Deltan em um diálogo com a mulher dele. 'Vamos organizar congressos e eventos e lucrar, ok? É um bom jeito de aproveitar nosso networking e visibilidade', escreveu", aponta a reportagem de Flavio Ferreira, Leandro Demori e Amanda Audi.

"Os procuradores cogitaram ainda uma estratégia para criar um instituto e obter elevados cachês. 'Se fizéssemos algo sem fins lucrativos e pagássemos valores altos de palestras pra nós, escaparíamos das críticas, mas teria que ver o quanto perderíamos em termos monetários', comentou Deltan no grupo com o integrante da força-tarefa. A realização de parcerias com uma firma organizadora de formaturas e outras duas empresas de eventos também foi debatida nessa conversa. A lei proíbe que procuradores gerenciem empresas e permite que essas autoridades apenas sejam sócios ou acionistas de companhias", aponta ainda o texto.

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