Nesta manhã (27), às 9h30, cerca de 300 jovens de diversos movimentos de juventude realizaram um "escracho" em frente empresa jornalística Zero Hora, em Porto Alegre. A denúncia foi feita através da colagem de adesivos em tapumes no local. A juventude permaneceu por cerca de 30 minutos no local, e, com gritos de ordem, bateria e agitação, reivindicou a democratização dos meios de comunicação no país, assim como a investigação pela Comissão Nacional da Verdade do envolvimento dos grupos de mídia privados na Ditadura Civil-Militar.
Após o ato de escracho, os jovens seguem em marcha até o Palácio Piratini, onde se unirão a cerca de 500 jovens para entregar o manifesto da Jornada de Lutas da Juventude Brasileira, que, em sua plataforma, tem como pontos principais de reivindicação a educação, o trabalho, a reforma política, os direitos sociais e humanos e a democratização dos meios de comunicação.
O Escracho no Zero Hora
Segundo o projeto Os Donos da Mídia, o Grupo RBS, detentor da marca Zero Hora, é a terceira maior organização de mídia privada do Brasil em termos de propriedade direta de veículos. De acordo com o site do próprio Grupo RBS, são 24 emissoras de rádio, 8 jornais diários e 2 canais de televisão com 20 emissoras. O grupo possui também negócios na área de TV por assinatura, internet, mercado editorial e indústria fonográfica.
Em 2009, o oligopólio do Grupo foi contestado através de ação civil pública do Ministério Público Federal de Santa Catarina (MPF/SC), que objetivava anular a aquisição do jornal A Notícia, de Joinville, e reduzir o número de emissoras de televisão do Grupo aos limites permitidos pelo decreto-lei 236 de 1967. Apesar do apelo legal e da pressão social, o pedido foi julgado improcedente e a ação, extinta.
Na luta por seus direitos, a juventude gaúcha vai às ruas para denunciar a ditadura da mídia, expressa na concentração e oligopólio dos meios de comunicação pelo Grupo RBS. Com a ação, também solicita a apuração pela Comissão Nacional da Verdade da colaboração dos grupos de mídia privados com a Ditadura Civil-Militar.
Jornada Nacional de Lutas
A Juventude brasileira está em luta. Organizada através diferentes movimentos de juventude com vieses diferentes e uma mesma vontade de intervir nos rumos do país, a Jornada de Lutas da Juventude Brasileira promove atos em 15 estados do país nos meses de Março e Abril, pautados em um manifesto que traz como eixos principais a educação, o trabalho, a reforma política, a violência contra a juventude e a democratização da comunicação de massas.
do FNDC e Levante Popular da Juventude
Que sabem eles de correlação de forças, coragem e ousadia? Pouco. No tempo em que se morria por protestar, era preciso um pouco mais que estar organizados sob a égide de um partido (como eles estão) para realizar algo significativo. Não basta cobrança, não basta desejo. Que participem é bom, mas cobrar de quem está justamente tentando fazer é forçar a barra. Que órgão investigativo produz 'relatórios parciais' sobre uma investigação complexa em curso? E a lei de meios, acham que passa dessa forma, sem acúmulo de forças sociais, no país onde a TV tem audiência enorme, seja para ver novalas, programas de auditório e partidas de futebol? Não rola. Sem o povo junto e algum suporte político não rola, aí sim seria uma meia verdade e não uma lei de controle da mídia. Ir pra guerra sem armadura, espada e escudo é desperdício e risco, mesmo que haja disposição de luta. O que entendem eles de covardia ou coragem? Pouco ...
ResponderExcluirAmigo Sala Fério, muito obrigado por tua presença. E vejo o Levante Popular da Juventude com bons olhos. Gostei quando eles iniciaram os "escrachos" nas portas dos torturadores e do clube militar e gosto de ver os jovens fazendo política. Quantos as imperfeições os desculpo. O que esperar de um país em que um professor ganha menos que um porteiro ou empregada doméstica? E que toda a informação que a população recebe é controlada por oligarquias daqui e do exterior? Sei que a luta por unir a todos em torno de uma agenda comum num país assim é difícil mas vou morrer lutando. Temos que democratizar a comunicação e educar nossas crianças. Criar uma primeira geração de pais escolarizados e com carater para fazer deste hospício que vivemos, uma nação soberana, justa socialmente e solidária. É o que penso a respeito. Um grande abraço e mais uma vez meu sincero agradecimento pela oportunidade de conversar com você.
ExcluirSouza, o prazer foi meu. Gosto de visitar os blogs que considero livres e independentes e comentar - desculpe minha intromissão. :)
ExcluirAquele abraço!
Sala Fério, não há do que. Fiquei mesmo foi feliz. Eu também volta e meia dou uma olhada nos teus escritos. No Globo, Veja e seus clones, é que você não vai me encontrar. Abração.
Excluir