Na abertura das atividades do ano de 2012, com  vistas a fortalecer sua atuação na mobilização para a construção de  políticas públicas no setor, o Fórum Nacional pela Democratização da  Comunicação (FNDC) conclama o movimento social da área para traçar, em  conjunto, uma pauta política a partir da convergência das mídias. Às  organizações, redes e ativistas que atuam neste campo, o Fórum sugere  que se engajem na campanha pelo novo marco regulatório das comunicações –  e aquelas  que se reconhecem no programa e na forma de atuação do FNDC,  que se filiem ao mesmo.
 Convite aos que lutam pela democratização da comunicação
O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) realizou  em dezembro passado sua XVI Plenária, em que redefiniu as prioridades  políticas e elegeu sua nova Coordenação Executiva e seu Conselho  Deliberativo. A principal bandeira para o próximo período (2012-2013)  será a luta por um novo marco regulatório democrático das comunicações  no Brasil que atenda às demandas da sociedade brasileira.
É preciso lembrar que já se passaram dois anos desde a I Conferência  Nacional de Comunicação (Confecom), e muito pouco ou quase nada do que  foi aprovado naquele espaço teve encaminhamento concreto. Os sinais  dados em 2011 e neste início de 2012 são de que o Governo Federal está  pouco disposto a abrir o debate de uma nova lei geral, e prefere fazer  pequenas modificações via decretos presidenciais, sem alterar a  estrutura atual do sistema de comunicações. A avaliação da maioria das  entidades presentes à plenária realizada em dezembro foi de que, se não  houver uma forte pressão popular, será impossível fazer avançar essas  transformações, que se mostram indispensáveis para a consolidação da  democracia no país.
Do ponto de vista do conteúdo, o movimento pela democratização da  comunicação está preparado para a disputa.
A ‘Plataforma por um Novo Marco Regulatório das Comunicações’, disponível no endereço eletrônico www.comunicacaodemocratica.org.br, contém as formulações que o movimento acumulou ao longo destes 20 anos de luta. Ela tem como base as resoluções da I Confecom, aprofundadas pelo FNDC durante seminário realizado em maio de 2011, sistematizadas por uma comissão nacional de entidades e aperfeiçoadas por meio de consulta pública.
A ‘Plataforma por um Novo Marco Regulatório das Comunicações’, disponível no endereço eletrônico www.comunicacaodemocratica.org.br, contém as formulações que o movimento acumulou ao longo destes 20 anos de luta. Ela tem como base as resoluções da I Confecom, aprofundadas pelo FNDC durante seminário realizado em maio de 2011, sistematizadas por uma comissão nacional de entidades e aperfeiçoadas por meio de consulta pública.
O eixo central da atuação deverá ser em torno da defesa da ampla  liberdade de expressão e do direito à comunicação. O FNDC irá trabalhar  essa pauta em estratégias implementadas em diálogo com o conjunto de  organizações, redes, blogueiros e ativistas da sociedade civil, buscando  fortalecer a unidade do movimento pela democratização da comunicação.  Entre as estratégias definidas, destacam-se:
• Organizar, em conjunto com o maior número possível  de entidades da sociedade civil (filiadas ou não ao FNDC) uma ampla  campanha nacional pela aprovação de um novo Marco Regulatório das  Comunicações que tenha como foco principal a popularização do tema, a  sensibilização e mobilização de cidadãos e cidadãs de nosso país,  pressionando os poderes públicos e criando as condições para alterar a  correlação de forças e para a futura aprovação do projeto.
• Pressionar o Ministério das Comunicações, por meio  de várias ações e iniciativas, combinando a amplificação da  participação social com mobilizações nas redes e nas ruas, para que o  Governo Federal torne pública a sua proposta de marco regulatório das  comunicações, desobstruindo o debate e se colocando claramente no tema  que está na agenda política do país. Deve-se garantir que haja uma ampla  consulta pública antes de o projeto ser enviado ao Congresso Nacional.
Para avançar nessas estratégias, a XVI Plenária apontou como  prioridade a retomada da articulação do movimento de comunicação em  âmbito nacional e nos estados. Em âmbito regional, o Fórum propõe uma  atuação conjunta com os comitês já estabelecidos e com as frentes  estaduais que já articulam atores desse campo, compartilhando esforços.
Neste momento, é preciso articular em torno de uma pauta convergente  todos os atores interessados no tema, entre eles o movimento de  mulheres, negros/as, indígenas, LGBT, infância e adolescência,  juventude, direitos humanos, movimento estudantil, sindical, de luta por  terra e por moradia, rádios e TVs comunitárias, universitárias e do  campo público, profissionais do setor, blogueiros, grupos de mídia  alternativa, livre ou independente, ativistas da cultura digital,  audiovisual, telecomunicações, instituições acadêmicas, além das  organizações que atuam diretamente sobre a pauta da liberdade de  expressão e do direito à comunicação. O Fórum Nacional pela  Democratização da Comunicação reconhece a diversidade do conjunto do  movimento de comunicação e quer trabalhar em torno de uma pauta política  construída a partir das convergências, reconhecendo sempre a autonomia  das organizações.
Nesse sentido, gostaríamos de deixar aqui dois convites às  organizações, redes e ativistas que atuam neste campo. O primeiro é que  se engajem na construção desta campanha pelo novo marco regulatório. Até  o início de março, o FNDC irá apresentar uma proposta para ser  discutida em âmbito estadual e nacional com o conjunto dos interessados,  e entre março e abril realizará um seminário aberto para aprofundar o  debate sobre a campanha. O segundo convite é para que as entidades  nacionais e regionais que desde já se reconhecem no programa e na forma  de atuação do FNDC se filiem ao Fórum e participem de sua construção.  Esse convite está permanentemente aberto, mas neste momento de  reorganização do movimento nos parece essencial reforçá-lo.
Esperamos conseguir retomar em 2012 uma atuação forte e unitária que  nos permita avançar na definição de um marco regulatório que fortaleça a  diversidade e o pluralismo na comunicação, com a garantia do direito à  comunicação e da liberdade de expressão para todos e todas.
Brasília, 16 de fevereiro de 2012.Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
Coordenação Executiva - Gestão 2012/2013:
CUT – Central Única dos Trabalhadores (Coordenação Geral)
Abraço – Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária
Aneate – Associação Nacional das Entidades de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão
Arpub – Associação das Rádios Públicas do Brasil
Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
CFP – Conselho Federal de Psicologia
Fitert – Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão
Fittel – Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações
Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
Além dos membros da Coordenação Executiva, fazem parte do Conselho Deliberativo eleito:
Abepec – Associação Brasileira das Emissoras Públicas Educativas Culturais
Clube de Engenharia
Comitê pela Democratização da Comunicação da Bahia
Comitê pela Democratização da Comunicação de Minas Gerais
Comitê pela Democratização da Comunicação de Santa Catarina
Comitê pela Democratização da Comunicação do Distrito Federal
Comitê pela Democratização da Comunicação do Rio Grande do Sul
CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Fenadados – Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamento de Dados, Serviços em Informática e Similares
Fenajufe – Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União
FNPJ – Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo
UGT – União Geral dos Trabalhadores
Participe do e-Fórum enviando sugestões de pautas, informes, notas, eventos para a agenda e críticas. Escreva para imprensa@fndc.org.br.

Nenhum comentário:
Postar um comentário