26 de dezembro de 2017

UJS convoca para mobilização em defesa de Lula


União da Juventude Socialista vai transferir em janeiro sua sede para Porto Alegre a fim de ampliar a mobilização em torno da defesa da democracia

Um chamado democrático à juventude brasileira: todos e todas a Porto Alegre, em defesa de Lula, da legalidade e da democracia!

A executiva nacional da União da Juventude Socialista (UJS) se dirige à sua militância para fazer um chamado democrático à juventude brasileira: construirmos juntos/as uma grande mobilização para a denúncia da nova fase da odiosa campanha que visa condenar sem provas Luiz Inácio Lula da Silva.

O julgamento em segunda instância do processo movido contra Lula pela chamada “ Operação Lava Jato”, no Tribunal Regional Federal da 4ª região de Porto Alegre (TRF 4), marcará no dia 24 de janeiro de 2018 o próximo capítulo dessa batalha.

Não é de hoje que o povo brasileiro toma conhecimento da seletividade e da parcialidade da Justiça em nosso país. Grande parte dos membros do Poder Judiciário recebe salários muito acima do teto do funcionalismo público, desfruta de benesses e de privilégios inalcançáveis para a maior parte da população e não presta conta de seu trabalho. São anos e anos de morosidade, de arbitrariedades, de ilegalidades e injustiças cometidas especialmente contra a parcela mais pobre da população. Agora, pretendem condenar sem provas Lula e impedi-lo de concorrer às eleições presidenciais de 2018.

O julgamento previsto para o dia 24 de janeiro no TRF-4 é a continuação de um processo viciado e ilegal. Um juiz de primeira instância condenou sem provas um ex-presidente da República, com o objetivo de persegui-lo politicamente e de impedi-lo de disputar livremente as eleições.

As forças que se uniram para promover o golpe que cassou Dilma e os seus 54 milhões de votos voltam a se unir para condenar injustamente Lula. Atacam a democracia com ameaças de mudança no sistema de governo para o semi-parlamentarismo, avançando na retirada de direitos sociais com o fim da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), da aposentadoria e no desmonte das instituições públicas responsáveis por promover o desenvolvimento nacional. Para isso, se apropriaram da justa luta e do anseio popular pelo combate contra a corrupção, utilizando o aparato do Poder Judiciário, da Policia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) para darem sequência a uma odiosa campanha de perseguição política e de retrocessos democráticos e sociais.

O objetivo é o de promover uma verdadeira caça às bruxas para implementar o projeto com o qual estão comprometidos: o enfraquecimento do Estado, a retirada dos direitos dos trabalhadores/as e a privatização de empresas brasileiras como a Petrobrás, a Eletrobrás e o Banco do Brasil.

Dessa maneira, os agentes do Estado de exceção tentam sufocar a democracia e a pluralidade de ideias no debate público para eliminar os obstáculos políticos e assim efetuar sua agenda. Ao lado da retirada de Lula do pleito de 2018 por meio de sua condenação está o ataque às instituições fundamentais para o desenvolvimento do país e da democracia.

A história do Brasil é farta em exemplos de líderes políticos que sofreram perseguições implacáveis quando comprometidos em fortalecer a soberania nacional e promover direitos do povo. Foi assim com Luis Carlos Prestes, Getulio Vargas, Juscelino Kubitschek, João Goulart e é assim, hoje, com Lula. Os principais agentes dessa perseguição, ontem e hoje, são setores da elite brasileira aliados a interesses estrangeiros, que querem promover uma nova colonização do nosso país.

A cidade de Porto Alegre já foi palco de importantes lutas democráticas. Em 1961 sediou a grande mobilização popular da “Campanha pela Legalidade”, ação decisiva para garantir a posse de João Goulart, então vice-presidente, após a renúncia de Jânio Quadros. A capital gaúcha se tornou, através do Fórum Social Mundial (FSM), símbolo internacional das lutas contra as injustiças e pela construção de um novo mundo possível, ao engajar os povos do planeta na defesa da democracia e no combate à desigualdade social.

Por isso, a UJS transferirá em janeiro sua sede para Porto Alegre. Vamos transformá-la mais uma vez na sede mundial da luta pela democracia e pela justiça social por meio da mobilização do povo e da juventude, da união dos movimentos que compõem a Frente Brasil Popular, da presença de centenas de intelectuais, artistas e da pré-candidata à presidência da república Manuela D’ávila.

Se inscreva!

Por UJS

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