É Natal! A festa cristã! A história do Deus que se levantou contra os religiosos que induziam o povo à subserviência; que proclamou a libertação aos oprimidos e o inferno aos opressores.
É Natal! A festa cristã! A história do Deus que se fez homem, nasceu miserável entre os miseráveis; ainda criança foi perseguido pelos poderosos que, na tentativa de capturá-lo, mataram tantas crianças quanto matam as balas “perdidas” no Brasil, crianças pobres e pretas, como era o povo de Israel, de então, e os brasileiros de agora.
É Natal! A festa cristã! A história do menino Deus que teve de pedir asilo político para poder sobreviver à Tirania e ao poder discricionário ilegal, como o praticado pelo nosso judiciário. Graças a Deus as fronteiras eram abertas e ele não correu risco de morrer no caminho, como crianças estão morrendo em todo mundo em busca de refúgio.
É Natal! A festa cristã! A história de um Deus que, escorraçado pela malignidade dos poderosos, volta do exílio para enfrentá-los, morre nessa tentativa, para com o triunfo sobre a morte, pela ressurreição, inspirar milhões de seres humanos, em todo mundo, a lutarem contra os poderes econômicos da acumulação, da produção de miséria e fome; contra os poderes políticos hegemônicos, frutos da supressão ou da manipulação da democracia; contra os legisladores que anulam os direitos, negando ao trabalhador o fruto de seu trabalho, como, exatamente, acontece no Brasil!
É Natal! A festa cristã! A história do Deus que se levantou contra os religiosos que induziam o povo à subserviência; que proclamou a libertação aos oprimidos e o inferno aos opressores; que denunciou como falsa a religião que se mancomuna com os que golpeiam para a desgraça dos pobres, e denunciou os seus pastores como raça de víboras, assim como devemos denunciar aos pastores “direitopatas” que fizeram o mesmo em nosso país.
É Natal! A festa cristã! É tempo de adoração engajada na luta pela libertação de todos os cativos; na luta pela exigibilidade do direito!
Feliz Natal! Não esmoreceremos nessa luta, até que aos pobres e aos trabalhadores o Natal volte a ser, realmente, feliz!
Nosso luto vem do verbo lutar!
Do NOCAUTE
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