27 de agosto de 2016

O golpe já era: Dilma tem 31 votos


O nervosismo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), hoje pela manhã, se explica pela contagem parcial das “garrafas” em plenário: Dilma Rousseff já tem 31 votos para enterrar o golpe. São necessários apenas 27.

A informação exclusiva é do senador Roberto Requião (PMDB-PR), integrante do QG da resistência democrática.

“Já temos 31 votos contrários a essa farsa do impeachment”, comemorou o parlamentar, que hoje instalou em Brasília a TV Resistência — em alusão à rede da legalidade de Leonel Brizola que barrou o golpe em 1961 por meio de uma cadeia de rádios.

Contexto do nervosismo dos golpistas

Na manhã de hoje, Renan perdeu a cabeça ao cobrar explicações de Gleisi Hoffmann (PT-PR) que afirmou ontem que “ninguém no Senado tinha moral para julgar ninguém“. A parlamentar acertou na veia. Bingo!

“Como uma senadora pode fazer uma declaração dessa? Exatamente, senhor presidente, uma senadora que, há 30 dias, o presidente do Senado Federal conseguiu, no Supremo Tribunal Federal, desfazer o seu indiciamento e do seu esposo”, indagou Renan dirigindo-se ao ministro Ricardo Lewandowski, presidente da Suprema Corte, que comanda o julgamento do processo de impeachment de Dilma.

O bate-boca generalizado obrigou Lewandowski a interromper a sessão, que foi retomada duas horas depois.

Recobrado do surto, Renan explicou por meio de nota o tipo de “magia” que costuma praticar com o STF:

“Como se constata, as intervenções do Senado Federal são impessoais, transparentes e ditadas pelo dever funcional no intuito de defender a Instituição e as prerrogativas do mandato parlamentar”, afirma a nota de Renan, que lamentou o que chamou de provocações.

Abaixo, assista ao vivo como foi o quiproquó:



Esmael Moraes

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