Já
se tem o resultado parcial da Copa: reconhecimento geral - da imprensa
nacional e internacional - que é uma Copa bem organizada, com estádios
de futebol excepcionais, aeroportos eficientes, sistemas de segurança
adequados, logística bem estruturada e a inigualável hospitalidade do
povo brasileiro.
Vários jornais (internacionais) já a reconhecem como a maior Copa da história.
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Agora, voltem algumas semanas atrás, pouco antes do início da Copa.
A imagem disseminada pela imprensa nacional - era a de um fracasso retumbante. Por uma mera questão
política, lançou-se ao mundo a pior imagem possível do Brasil. O maior
evento da história do país, aquele que colocou os olhos do mundo sobre o
Brasil, que atraiu para cá o turismo do mundo, foi manchado por uma
propaganda negativa absurda. Em vez das belezas do país, da promoção
turística, do engrandecimento da alma brasileira, da capacidade de
organização do país, os grupos de mídia nacionais espalharam a imagem de
um país dominado pelo crime e pela corrupção, sem capacidade de
engenharia para construir estádios - justo o país que construiu duas das
maiores hidrelétricas do planeta -, com epidemias grassando por todos
os poros.
Um
dos jornais chegou a afirmar que haveria atentados na Copa, fruto de
uma fantasiosa parceria entre os black blocks e o PCC. Outro informou
sobre supostas epidemias de dengue em locais de jogo da Copa.
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O episódio
é exemplar para se mostrar a perda de rumo do jornalismo nacional, a
incapacidade de separar a disputa política da noção de interesse
nacional. E a falta de consideração para com seu principal produto: a
notícia.
Primeiro, cria-se o clima do fracasso.
Criado o consenso, abre-se espaço
para toda sorte de oportunismos. É o ex-jogador dizendo-se envergonhado
da Copa, é a ex-apresentadora de TV dizendo que viajará na Copa para
não passar vergonha.
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Tome-se o caso da suposta corrupção
da Copa. O que define a maior ou menor corrupção é a capacidade de
organização dos órgãos de controle. O insuspeito Ministério Público
Federal (MPF) montou um Grupo de Trabalho para fiscalizar cada ato da
Copa, juntamente com o Tribunal de Contas da União e a Controladoria
Geral da União. O GT do MPF tornou-se um case, por ter permitido
economia de quase meio bilhão de reais.
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Antes da hora, é
fácil afirmar que um estádio não vai ficar pronto, que um aeroporto não
dará conta do movimento, que epidemias de dengue (no inverno) atingirão
a todos, que os turistas serão assaltados e mortos. Fácil porque são
apostas, que não têm como ser conferidas antecipadamente.
Quando o senhor fato se apresenta, todos esses factóides viram pó.
A boa organização
da Copa não é uma vitória individual do governo ou da presidente Dilma
Rousseff. É de milhares de pessoas, técnicos federais, estaduais e
municipais, consultores, membros dos diversos poderes, especialistas em
segurança, trânsito, empresas de engenharia, companhias de turismo,
hotelaria.
E tudo isso foi jogado no lixo por grupos de mídia,
justamente os maiores beneficiários. Eram eles o foco principal de
campanhas publicitárias bilionárias, sem terem investido um centavo nas
obras. Pelo contrário, jogando diuturnamente contra o sucesso da
competição e contra qualquer sentimento de autoestima nacional.
Por Luis Nassif no GGN
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