O coronel do
Exército reformado Erimá Pinheiro Moreira denunciou que a Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) teria subornado o então
comandante do 2º Exército, general Amaury Kruel para que ele traísse o
ex-presidente João Goulart e apoiasse o golpe militar. Em seu depoimento
à Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, nesta terça-feira (18),
Moreira disse estar presente quando Kruel, ex-ministro da Guerra de
Jango, recebeu em U$ 1,2 milhão (R$ 2,4 milhões, em valores atualizados)
do então presidente da Fiesp Raphael de Souza Noschese, no dia 31 de
março de 1964.
Investigação: Hipótese de assassinato de JK reforça investigações sobre Jango e Lacerda
Moreira era major farmacêutico na época e servia no Hospital Geral Militar, e cedeu seu laboratório particular, na Aclimação, para uma reunião secreta de Kreul com Noschese. Até então, "Kruel dizia que morreria em defesa de Goulart", relata o coronel Moreira. “Ele foi subornado”. O coronel conta que Noschese chegou ao seu laboratório acompanhado de três homens, cada um com duas maletas. Temendo pela segurança do general, Moreira exigiu a abertura das malas, que estavam repletas de notas de dólares.
Comissão: 'Pedimos que Brasil declare que JK morreu de morte matada'
Depois de se reunir com Noschese, Kruel ordenou que as maletas fossem colocadas no porta-malas de seu carro, o que foi feito com a supervisão do próprio coronel Moreira, e deixou o local com cinco militares batedores que conduziam motocicletas. Horas depois, Kruel anunciou o apoio ao movimento que depôs Goulart.
Moreira diz que acreditava que o dinheiro seria usado para organizar a resistência ao golpe militar, e questionou em reunião com oficiais do Exército, se Kruel havia embolsado o dinheiro.
Moreira relata que foi colocado na reserva após questionar o episódio e passou a ser vigiado por homens do Dops e do 2º Exército. O coronel também declarou à Comissão da Verdade, comandada pelo vereador Natalini (PV), ter recebido a informação de que Kruel usou o dinheiro do suborno para comprar duas fazendas na Bahia.
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Moreira era major farmacêutico na época e servia no Hospital Geral Militar, e cedeu seu laboratório particular, na Aclimação, para uma reunião secreta de Kreul com Noschese. Até então, "Kruel dizia que morreria em defesa de Goulart", relata o coronel Moreira. “Ele foi subornado”. O coronel conta que Noschese chegou ao seu laboratório acompanhado de três homens, cada um com duas maletas. Temendo pela segurança do general, Moreira exigiu a abertura das malas, que estavam repletas de notas de dólares.
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Depois de se reunir com Noschese, Kruel ordenou que as maletas fossem colocadas no porta-malas de seu carro, o que foi feito com a supervisão do próprio coronel Moreira, e deixou o local com cinco militares batedores que conduziam motocicletas. Horas depois, Kruel anunciou o apoio ao movimento que depôs Goulart.
Moreira diz que acreditava que o dinheiro seria usado para organizar a resistência ao golpe militar, e questionou em reunião com oficiais do Exército, se Kruel havia embolsado o dinheiro.
Moreira relata que foi colocado na reserva após questionar o episódio e passou a ser vigiado por homens do Dops e do 2º Exército. O coronel também declarou à Comissão da Verdade, comandada pelo vereador Natalini (PV), ter recebido a informação de que Kruel usou o dinheiro do suborno para comprar duas fazendas na Bahia.
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