26 de outubro de 2024

China rebate comentário dos EUA sobre Iniciativa do Cinturão e Rota no Brasil: 'país soberano'

 

A principal negociadora comercial da administração Joe Biden sugeriu que o Brasil deveria considerar os riscos de aderir à Iniciativa do Cinturão e Rota da China antes de tomar uma decisão final sobre o enorme programa de infraestrutura do país asiático.

De acordo com a Bloomberg, a Representante Comercial dos Estados Unidos, Katherine Tai, disse que incentivaria nossos amigos no Brasil a olhar para os riscos através de "uma lente de objetividade, através de uma lente de gestão de risco" e a "realmente pensar sobre qual é o melhor caminho a seguir para mais resiliência na economia brasileira".
"Soberania é fundamental, e essa é uma decisão do governo brasileiro. Mas eu encorajaria meus amigos no Brasil a olhar a proposta com as lentes da objetividade, com as lentes da gestão de risco. O Brasil deve se perguntar qual é o caminho que leva a mais resiliência não só da economia brasileira, mas da economia global", afirmou.
Tai, que está no Brasil para reuniões do G20, fez os comentários sobre a iniciativa quando é esperado um anúncio sobre o tema no mês que vem, quando o líder chinês, Xi Jinping, visitará o país.
Nesta sexta-feira (25), em nota assinada por Li Qi, porta-voz da embaixada chinesa, Pequim disse que o conselho de Tai "carece de respeito ao Brasil, um país soberano, e despreza o fato de que a cooperação sino-brasileira é igualitária e mutuamente benéfica. Por este motivo, manifestamos nosso forte descontentamento e veemente oposição", disse Li.

"O Brasil merece ser respeitado. É uma grande nação que defende sempre sua independência e tem grande projeção internacional. O Brasil não precisa que outros venham lhe ditar com quem deve cooperar ou que tipo de parcerias deve conduzir. A China valoriza e respeita o Brasil desde sempre", acrescentou a nota da porta-voz citada pela Folha de S.Paulo.

Pequim ainda diz que os eventuais riscos mencionados por Tai contrariam os fatos, já que a China é o maior parceiro comercial do Brasil, maior destino das exportações brasileiras e principal fonte de superávit da balança comercial do país, relata a mídia.
Sputnik Brasil

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