
O Índice de Gini afere a desigualdade numa escala de 0 a 1 e quanto mais perto de 1, maior é a concentração de renda. O índice atingiu, no quarto trimestre de 2018, o maior patamar da série histórica iniciada no início de 2012.
Segundo Daniel Duque, pesquisador do Ibre/FGV, há várias razões para a piora na desigualdade de renda. A dificuldade de trabalhadores menos qualificados aumentarem seus rendimentos e a dinâmica de reajustes do salário mínimo estão entre elas. Ele diz: "na crise, a probabilidade de estar empregado e ter renda maior depende mais de o trabalhador ter qualificação."
A matéria do jornal O Estado de S. Paulo destaca que "o salário mínimo não teve ganho real nos últimos anos por causa do encolhimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 e 2016. Pela regra de reajuste criada ainda nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o reajuste do mínimo de um ano é a soma da inflação (medida pelo INPC) do ano anterior somada à variação do PIB de dois anos antes. Como em 2015 e 2016 o PIB teve variação negativa, o salário mínimo teve reajustes equivalentes apenas à inflação. A regra vale até este ano."
E acrescenta dados sobre a subutilização do trabalho: "embora, no ano passado, o número de pessoas trabalhando tenha aumentado, a subutilização da força de trabalho segue elevada, lembrou Thiago Xavier, analista da Tendências Consultoria Integrada. São considerados 'subutilizados' os trabalhadores à procura de emprego, os que não procuram uma vaga por acreditar que não encontrariam emprego ou os que estão ocupados, mas trabalhando menos horas do que poderiam ou gostariam, ganhando menos por isso." - 247
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