Com mais de 4 mil delegados e observadores, evento reúne pais, alunos e educadores para discutir o restabelecimento da democracia e resistir ao golpe e ao desmonte do ensino público
Belo Horizonte sedia de 24 até hoje a Conferência Nacional Popular de Educação – Conape 2018. Entre os objetivos do encontro realizado pelo Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE), que congrega 33 entidades de trabalhadores de diversos setores, está a mobilização da sociedade brasileira para o restabelecimento da democracia no país em toda a sua extensão – e pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A resistência contra o desmonte do ensino público, por meio da aglutinação de todo o campo educacional e os movimentos em defesa de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade social também faz parte da pauta. E, ainda, fazer valer a implementação dos planos nacional, estaduais, distrital e municipais de educação
De acordo com a organização, participam 3.673 delegados vindos de todas as regiões, além de 657 observadores. Foram aprovados 123 trabalhos acadêmicos, que envolveram 150 pesquisadores. O espaço de exposição contará com editoras, feiras de livros e de serviços da economia solidária.
Para chegar à etapa nacional, foram realizadas conferências preparatórias e livres em praticamente todo o país, todas com recursos próprios das entidades e movimentos que compõem o FNPE. Cada uma delas foi espaço para o debate para a construção da Política Nacional de Educação no contexto da Conape, que culminou com propostas para um documento base para o plano de lutas da etapa nacional.
Ao todo, foram mais de 160 conferências regionais, 800 no âmbito municipal e 70 conferências livres realizadas por setores do ensino superior, estudantes e trabalhadores em educação. Houve ainda reuniões e debates para o planejamento.
"A realização da Conape 2018 é símbolo da resistência ao golpe, que teve entre seus ataques à educação a desconfiguração do Fórum Nacional de Educação, que levou à saída coletiva de grande parte dos integrantes que vieram a formar o Fórum Nacional Popular de Educação, o FNPE", explica um dos coordenadores da conferência, o secretário de Cultura da CUT, Tino Lourenço. "Ter chegado aqui já é uma grande realização. Mostramos ao governo que, ao contrário do que se pensava, conseguimos reunir forças populares para um grande encontro."
Com três dias de atividades, a conferência termina com plenária popular no sábado (26), com elaboração de uma carta que sintetizará as proposições de luta que ganham centralidade no país, eixos da ação das entidades para o próximo período. - Rede Brasil Atual
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Dilma: é mentira que Petrobras estava falida e reajuste diário é uma barbaridade
A presidenta legitimamente eleita por mais de 54 milhões de votos, Dilma Rousseff (PT), desmentiu os golpistas e disse que é mentira o discurso de que a Petrobras estava falida. Ela criticou a variação diária dos preços dos combustíveis, o que classificou como barbaridade, e deixou claro que essa foi uma política equivocada que a estatal adotou com o fim do seu governo.
"É uma falsidade dizer que a Petrobras estava numa situação falimentar. É mentira da mais vergonhosa qualidade, porque é contra o país", disse Dilma, ao discursar para cinco mil manifestantes na abertura da I Conferência Nacional Popular de Educação (Conape), na noite desta quinta-feira (25), no centro de Belo Horizonte.
A presidenta democraticamente eleita afirmou que a variação diária no preço da gasolina e do diesel inviabiliza a vida dos caminhoneiros. "Em nenhum lugar do mundo se deixa uma barbaridade do tamanho dessa."
No governo do ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP), os preços praticados pela estatal passaram a acompanhar as oscilações diárias do preço do barril de petróleo no mercado internacional. Ou seja, aumenta o preço do barril de petróleo lá fora, aumenta no Brasil também.
Nas gestões de Lula e Dilma, a política estabelecida garantia a estabilidade nos preços. Segundo Dilma, com essa política, a estatal vinha dando lucros acima da média e seu governo não fazia malabarismos para isso.
"Pegaram a Petrobras, usaram a Petrobras, disseram que a Petrobras estava quebrada. E nós sabemos que a Petrobras não está quebrada", disse.
"O governo golpista é um fracasso. Está sendo derrotado incrivelmente pela sua própria inconsequência, incapacidade de gerir um país complexo como o Brasil", completou. - Central Única dos Trabalhadores
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