Kristina Kichner |
Governo argentino fixa data para Grupo Clarín abrir mão de emissoras - Sul21
Em um anúncio levado ao ar durante a transmissão dos jogos de futebol
deste fim de semana, o governo argentino fixou a data de 7 de dezembro
como limite para a execução das medidas da legislação, que obriga os
representantes do setor a se adequarem a regras que limitarão, por
exemplo, a no máximo 24 o número de concessões de TV a cabo a cada
empresa. O Clarín tem 240, além de dez emissoras de rádio e quatro
canais de TV aberta. Na mensagem, o Grupo Clarín é qualificado de “uma
verdadeira cadeia nacional ilegal”.
Segundo o governo, nessa data expira uma medida cautelar impetrada
pela empresa contestando a nova legislação. “O Estado argentino não vai
expropriar meios de comunicação. O Estado argentino não vai estatizar
meios de comunicação. O Estado argentino vai garantir as fontes de
trabalho e o cumprimento de uma lei que democratiza os meios de
comunicação na República Argentina”, dizia a mensagem na TV.
Confira o anúncio explicativo do governo argentino
Clarín x Kirchner
A queda de braço entre Clarín e o governo resultaram em diversos
prejuízos para o grupo de comunicação como cortes de contratos de
publicidade oficial e várias devassas fiscais. Além disso, viu o Estado
assumir o monopólio da distribuição de papel-jornal no país.
Desse último processo, que culminou com a expropriação da empresa
Papel Prensa, derivaram ainda acusações ao Clarín e a outro jornal
argentino, La Nación, que podem resultar no julgamento de seus
proprietários por violação dos direitos humanos – sob o argumento de que
eles colaboraram com os ditadores do regime militar (1976 – 1983).
Resposta do Clarín
Diretores do Grupo Clarín responderam de imediato ao anúncio do
governo. Na visão da empresa, a própria lei impulsionada por Cristina
estabelece de um ano após 7 de dezembro para recursos legais que
questionem as medidas administrativas a serem adotadas pelo órgão
técnico do governo que controla o setor de comunicações. “Qual a
intenção deste relato oficial?”, pergunta o Clarín em seu anúncio.
“Preparar o terreno para outra coisa? Acabar com o estado de direito na
Argentina?”
“O anúncio do governo se difunde nove dias depois de os veículos do
Grupo Clarín terem sido praticamente os únicos que cobriram maciças
mobilizações e panelaços contra o governo em várias partes do país,
enquanto os meios que dependem direta ou indiretamente do Estado
decidiram não transmitir ou minimizar esses protestos, em sintonia com a
linha determinada na Casa Rosada”, prossegue a nota da empresa.
Confira resposta do Grupo Clarín
Com informações do Sul21
El Grupo Clarín es el que no respeta a lo estado de derecho, ya que es un monopolista sinverguenza y caradura. Saludos latinoamericanos a nuestros hermanos platinos! Que su lucha sea la nuestra también!
ResponderExcluirSala Fério, concordo com você. Os neoliberais detêm o controle da informação que chega ao cidadão. E não querem perder este monopólio. É a sua principal arma para chegar ou se manter no poder.
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