28 de fevereiro de 2011

Viva a democracia: Estudantes voltam às ruas para protestar


"É muito bom ver os estudantes de volta às  ruas, para reivindicar os seus direitos e procurar as soluções para os seus problemas. Viva a democracia.
O governo federal, a partir de 2002, vem mudando por completo a política educacional do país e promove avanços consideráveis. Mas o estado em que se encontram as instalações na maioria das escolas públicas e até privadas, ainda é muito ruim. E causa espécie o fato de adultos de nível superior,  muito bem pagos, trabalhando em luxuosos prédios públicos e privados, onde nada lhes é negado em se tratando de conforto, não sentirem o menor constrangimento por isso. Assim como é preocupante, o fato das secretarias de segurança ainda não garantirem por completo, a segurança dos estudantes nestas manifestações.

Pelo menos quanto a estas últimas manifestações ocorridas no Rio de Janeiro, e já há até uma passeata por melhorias na educação marcada para o dia 31 de março, isto tudo se deve a uma total inversão de valores ocorrida em nossa sociedade. E tendo como causa uma importante batalha perdida em 1964. A verdade é que no governo João Goulart, as perspectivas para a nação brasileira eram as melhores possíveis em todas as áreas. E caso não ocorresse um golpe de estado, seriam realizadas pelos meios democráticos as reformas estruturais que o Brasil precisava fazer (agrária, tributária,política, educacional, etc.), para se tornar enfim uma nação soberana e desenvolvida.

O grande jurista, intelectual, educador e escritor brasileiro Anísio Teixeira, foi morto pela ditadura em 14 de março de 1971. O filósofo e educador Paulo Freire um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, foi encarcerado por 70 dias e obrigado a sair do país. Estes são apenas alguns exemplos do que se viu. E não foi apenas com a educação o retrocesso e a barbárie. Todos os setores da vida nacional foram duramente afetados. Uma revolução cultural às avessas.
No momento o que acontece, é um lento e difícil processo de redemocratização do país, que será concluído com a realização das reformas na educação, democratização dos meios de comunicação (ainda concentrado nas mãos de golpistas), reforma política, reforma tributária, agrária, no judiciário, urbana, e o Pndh3. É impressionante a quantidade de problemas acumulados, mas as soluções vem sendo buscadas principalmente a partir de 2002, com a chegada ao poder central de contingentes e sobreviventes da esquerda nacional, visto que estes são historicamente contrários às políticas neoliberais da direita golpista. Venceram a batalha mas não a guerra. E a luta continua". - BlogueDoSouza

Rio de Janeiro - Uma manifestação de alunos do Colégio Pedro II, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio, no início da tarde, fechou as ruas no entorno da instituição por cerca de 30 minutos. Os cerca de mil estudantes protestaram contra o calor na escola.
Usando trajes de banho, os manifestantes pediram a climatização das salas de aula. De acordo com os alunos, os policiais que estavam no local usaram spray de pimenta. A informação foi negada pela polícia.
Após o protesto, os estudantes se reuniram com a diretoria da escola. - O Dia


Rio de Janeiro - Com nariz de palhaço e cartazes, cerca de 300 jovens do Colégio Leopoldina da Silveira se recusaram a assistir às aulas no turno da manhã. Eles seguiram em passeata até o Colégio Bangu, na Estrada do Engenho, onde se uniram a outros 500 estudantes, que boicotaram as aulas do turno da tarde.
  
Aos gritos de “aluno suado quer ar-condicionado” e “chega de caô, não queremos mais calor”, os manifestantes receberam apoio do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) e ficaram mais de três horas em frente à escola. O clima ficou tenso, pois a direção da unidade só permitia a saída dos poucos alunos que haviam entrado, com a presença de responsáveis. Revoltados, alguns gritaram que estavam “presos” e foram para as janelas, se abanando com cadernos, em sinal de adesão ao protesto. Alguns pularam o muro para sair da escola. 

Gambiarras
“As manifestações vão se repetir até que resolvam de vez o problema”, disse Chayene Rosa, de 18 anos, uma das representantes de turma do Colégio Bangu, que tem aparelhos de ar condicionado nas cerca de 30 salas há mais de um ano, mas que ainda não funcionam. “Na nossa escola (Leopoldina da Silveira), a situação é absurda. As salas só têm ventiladores, mesmo assim, a maioria é velha e funciona com gambiarras”, comentou outro estudante.
Em abaixo-assinado com 570 assinaturas, alunos do Colégio Bangu também se queixam da superlotação das salas — algumas com mais de 60 estudantes, segundo eles — e da má qualidade da água. Denunciam bebedouros sujos e infestados de pombos. “Assim como outros colegas, já tive problemas gastrointestinais”, lamentou adolescente do 1º ano do Ensino Médio.


TCE aponta irregularidades
A assessoria de imprensa do Tribunal de Contas do Estado informou ontem que aguarda a defesa da secretaria de estado de Educação em relação à notificação encaminhada pelo plenário do órgão, que, em inspeção feita em 2010, apontou indícios de possíveis irregularidades na implementação do Projeto Climatizar. Ao todo, o estado destinou R$ 18,1 milhões ao programa, que, por meio de pregão eletrônico, ficou sob responsabilidade da Bello Engenharia  e Serviços. Em nota, a secretaria reafirmou que a Empresa de Obras Públicas vai repor cabos elétricos para ar-condicionado nos próximos dias. Quanto à Leopoldina da Silveira, alegou que o prédio da unidade está “em fase de aquisição”. - O Dia


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