3 de agosto de 2019

Haddad diz que militares ignoram soberania e que Brasil virou protetorado dos Estados Unidos


Em artigo publicado neste sábado (3), na Folha de S.Paulo, Fernando Haddad comenta o livro “Forças Armadas e Política no Brasil" (2005), de José Murilo de Carvalho, relançado em 2019 com textos inéditos.

"O autor nota que cinco das nossas sete Constituições, inclusive a atual, atribuem papel político aos militares, como se a República precisasse de uma bengala e a democracia não pudesse resolver os problemas nacionais nos seus próprios termos", observa Haddad.

Candidato à presidência em 2018, Haddad cita novo capítulo do livro que relembra a postagem do general Villas Bôas às vésperas do julgamento do pedido de habeas corpus a favor do ex-presidente Lula no STF, em abril de 2018.

"Embora a mensagem do general falasse de respeito à Constituição, na realidade a agredia, pois pressionava um poder da República a contrariá-la", escreve.

O livro, segundo Haddad, retoma o papel que os militares desempenharam nos golpes de Estado de 1937 e 1964. "Depois da leitura, impossível não conjecturar sobre as semelhanças e diferenças com o momento atual", comenta.

Entre as semelhanças, "assim como Getúlio (quando os militares lhe retiraram o apoio) e Jango, Lula parece ter sido vítima de um sentimento antipopular refratário à promoção da incorporação das massas via participação no mercado e na política. Soberania popular é um conceito que não foi plenamente assimilado pelos militares", escreve Haddad.

Em relação às diferenças, o ex-prefeito de São Paulo cita "a deturpação do conceito de soberania nacional, reduzida à ideia de defesa do território. Os militares parecem totalmente entregues a agenda ultraliberal de Guedes, que anunciou a pretensão de vender todas as empresas estatais brasileiras e de abrir unilateralmente o nosso mercado".

"Pelo jeito, restará ao povo deste novo protetorado americano vender bijuterias de nióbio em Angra dos Reis", ironiza Haddad.
Com informações do Brasil247

Um comentário:

  1. Precisamos alta literatura: Kafka, Rachel de Queiroz, Tcheckov. De educação de alta qualidade. Estilo Alemanha e Helsinque.

    Há políticas que são puro populismo e mau gosto enorme em termos culturais e educacionais.

    Há de se defender, sobretudo, nossa educação. Alta-cultura nas escolas. Villa-Lobos. Machado de Assis etc.

    Educação! Sempre educação!
    Mas as escolas estão paradas. EaD (à distância) não ensina nada a ninguém. É igual ao Partido dos Trabalhadores. o PT. Enganação.

    Além disso do Corona, há a nossa enganação emotiva diária. Observe:
    Com a “Copa das Copas®” do PT® em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis!
    E não esquecer. Eis:
    Digno de espanto, se bem que vulgaríssimo, e tão doloroso quanto impressionante, é ver milhões de homens a servir, miseravelmente curvados ao peso do jugo, esmagados não por uma força muito grande, hercúlea, mas aparentemente dominados e encantados! apenas pelo nome de um só homem [lula] cujo poder não deveria assustá-los, visto que é um só (lula –, o vigarista apedeuta).

    O PT é puro mau gosto enorme. Nivela tudo por baixo. Sobretudo a educação das curuminhas e dos curumins.

    “Muito engana-me, que eu compro”.
    Em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis.

    E o PT®?

    Qual o poder constante de sua propaganda ininterrupta?
    
Eis:
Vive o PT© de clichês publicitários bem elaborados por marqueteiros. Estilo do brilhante e talentoso João o Milionário Santana. Nada espontâneo.

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